Troca de emprego a cada nove meses: geração Z

06/09/2024

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A Geração Z, composta por jovens entre 18 e 24 anos, troca de emprego a cada nove meses. De acordo com um relatório recente da Gupy, esses profissionais permanecem, em média, apenas nove meses em uma empresa antes de procurar uma nova oportunidade.

Esse comportamento contrasta com gerações anteriores, onde a permanência média em uma organização era de cerca de dois anos. Mas por que essa mudança tão radical? Para entender melhor essa tendência, conversamos com André Minucci, mentor de empresários.

Segundo André Minucci, a Geração Z valoriza, acima de tudo, o propósito no trabalho. “Eles não estão interessados em empregos que não ofereçam um senso de propósito e impacto real. A Geração Z busca trabalhos que estejam alinhados com seus valores pessoais e que permitam a flexibilidade necessária para equilibrar vida pessoal e profissional,” explica Minucci. 

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Troca de emprego – Busca por propósito e flexibilidade

Além disso, a flexibilidade no ambiente de trabalho é um fator determinante. “A Geração Z cresceu em um mundo digital, onde o trabalho remoto e horários flexíveis são vistos como normais. Eles não querem estar presos a horários rígidos ou a uma mesa de escritório. Se uma empresa não oferece essa flexibilidade, é provável que esses jovens procurem outra que ofereça,” acrescenta Minucci.

Uma das razões que leva a Geração Z a mudar frequentemente de emprego é a falta de inteligência emocional tanto por parte dos empregadores quanto dos próprios profissionais. Minucci enfatiza que “um treinamento de inteligência emocional é crucial para a retenção de talentos.

Além disso, ele explica que o treinamento de inteligência emocional envolve a capacidade de reconhecer e gerir as próprias emoções, além de entender e influenciar as emoções dos outros.

Para as empresas, a alta taxa de rotatividade entre os jovens profissionais representa um grande desafio. “É caro e demorado treinar novos funcionários apenas para vê-los partir em menos de um ano. 

“Quando a Geração Z sente que não está sendo ouvida ou que suas necessidades emocionais não estão sendo atendidas, eles preferem sair e buscar um ambiente mais acolhedor,” diz Minucci. Por isso, com a troca de emprego, a falta de programas de apoio e desenvolvimento pessoal nas empresas contribui para essa alta rotatividade.

Isso inclui não apenas salários competitivos e benefícios, mas também um foco maior na inteligência emocional e no bem-estar dos funcionários.

Minucci sugere que as empresas implementem programas de desenvolvimento como um treinamento de inteligência emocional e ofereçam treinamentos contínuos para todos os níveis da organização. “Ao investir em inteligência emocional, as empresas podem criar um ambiente mais acolhedor e, consequentemente, aumentar a retenção de talentos,” conclui.

06/09/2024